OTOPLASTIA

AVALIAÇÃO MÉDICA:

A consulta médica é fundamental para conhecer o paciente (e vice-versa), entender quais suas queixas, expectativas, dúvidas, e orientá-lo das possibilidades e limitações cirúrgicas.

 

São solicitados exames pré operatórios, pois trata-se de uma cirurgia eletiva e, como tal, o paciente deve estar em seu melhor estado de saúde. 

Ressalta-se a necessidade do paciente suspender o tabagismo (isso inclui cigarros, substâncias, vape ou cigarro eletrônico) pelo período mínimo de 60 dias (antes e após).

 

É importante sempre que o paciente (ou o responsável por ele) esteja comprometido com os cuidados pós-operatórios, a fim de se obter o melhor resultado cirúrgico. 

 

No mínimo 2 consultas serão necessárias para a indicação cirúrgica. 

 

Tratando-se de uma análise individualizada, com diferentes graus de complexidade e de planejamento cirúrgico, o orçamento também segue este princípio. 

 

RECOMENDAÇÕES: PRÉ-OPERATÓRIAS

1. Em caso de gripe, resfriado ou infecções, comunique seu médico o quanto antes;

2. Obedeça ao horário estabelecido para internação.

3. Mantenha-se em jejum por um período de 8 horas antes da cirurgia.

4. Não vá ao hospital com os cabelos molhados;

5. Evite o uso de todo e qualquer medicamento à base de ácido acetilsalicílico, Ginkgo Biloba ou qualquer medicação com efeito anticoagulante pelo menos 15 dias antes da cirurgia.

6. Leve todos os exames.

 

DIA DA CIRURGIA:

O paciente realiza a internação hospitalar no mínimo 2 horas antes da cirurgia. 

 

Dura em média 3 horas e ,neste período, o acompanhante ficará atualizado da situação cirúrgica e previsão e será informado assim que terminar a cirurgia. 

 

Após o procedimento, o paciente é encaminhado ao setor de "recuperação pós anestésica" em que fica sob os cuidados de uma equipe de anestesistas e enfermagem. Direcionado ao quarto, o paciente repousa o quanto for necessário, além de ser orientado a comer e se hidratar. 

 

Alta hospitalar em geral após 6-12 horas.

 

A CIRURGIA:

A cirurgia deve ser realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia local ou geral.

 

O procedimento é realizado por uma incisão atrás da orelha, seguindo a dobra natural da pele. Através desse pequeno corte, é feito o tratamento das deformidades, com a retirada do excesso de pele e de cartilagem, suturas e ancoragem para deixar a orelha dentro das proporções harmônicas do paciente. 

 

A cirurgia é finalizada com pontos de sutura, cuja função é a de manter a nova anatomia da orelha e de fechar o corte. 

 

O curativo (capacete) é fundamental para evitar edema e traumas. Portanto, siga atentamente as orientações médicas (sobre quando poderá ser removida). 

 

 

PÓS-OPERATÓRIO:

A otoplastia exige alguns cuidados no pós-operatório. O paciente necessitará usar uma proteção em forma de capacete durante as primeiras 24 horas após o procedimento.

 

Depois desse período, a proteção será substituída por uma faixa de compressão, que deverá ser usada durante 1-2 semanas continuamente, retirando-a somente para banho e limpeza. Posteriormente, o paciente passa a utilizar a faixa somente durante a noite, totalizando os 30 dias de pós-operatório.  A utilização desta faixa é essencial para o êxito da cirurgia.

 

O período de repouso mínimo é de 7 dias.

 

Indica-se a realização de compressas de gelo sobre a faixa para evitar que aqueça e inche ainda mais.

 

No momento do banho, o doente deverá deixar a região da cicatriz limpa e seca, lavando com cuidado e secando cuidadosamente no final do banho.

 

Uso de óculos - é perfeitamente viável desde que esteja por cima do curativo, e não o aperte. 

 

Exposição solar - deve evitar ao máximo a exposição aos raios solares, para evitar manchas ou edema.

 

A dor é leve, cessando com uso de analgesico comum. A principal queixa é em relação ao uso da faixa, que acaba incomodando um pouco. 

 

RESULTADOS E EXPECTATIVAS:

Na cirurgia de correção das orelhas proeminentes, a posição das orelhas é corrigida de imediato e é óbvia a mudança logo após a cirurgia.

 

 Na primeira semana estará bastante inchado e pode haver hematomas. Ao fim da segunda semana ainda apresentará discreto edema (inchaço) e irá continuar a desinchar durante os próximos meses.

 

Os resultados nesta cirurgia são bastante previsíveis, no entanto, tal como em qualquer outra, não são exatos, pois a cicatrização é diferente para cada paciente.

 

É importante ressaltar que a grande maioria da população não é completamente simétrica, Da mesma forma, com a cirurgia busca-se a maior equidade e semelhança entre as orelhas, porém pequenas assimetrias são esperadas. 

 

Na otoplastia, a cicatriz fica escondida na parte posterior da orelha. Em alguns casos pode ocorrer formação de queloides, de acordo com os diversos fatores, sejam eles previsíveis (etnia, predisposição) ou não. 

 

           

É importante lembrar que cada cirurgião possui uma forma de trabalhar e tem orientações próprias.

 

Sempre siga as recomendações do otorrino que o operou!

 

DÚVIDAS: 

 

QUANTO CUSTA UMA OTOPLASTIA?

O valor da cirurgia depende do tipo de intervenção realizada e da complexidade da mesma, sendo avaliada individualmente. 

 

QUAIS OS POSSÍVEIS EVENTOS ADVERSOS?

Embora raras, as principais incluem sangramento localizado, hematoma, dor, edema (inchaço) maior que o previsto, infecção, assimetria, má-cicatrização, alteração de sensibilidade, alteração de pigmentação, além de complicações possíveis em qualquer procedimento cirúrgico.

 

A CIRURGIA DA ORELHA EM ABANO DEIXA CICATRIZES?

A cicatriz desta cirurgia é pouco visível, por localizar-se atrás da orelha, no sulco entre orelha - crânio. Além do mais, como se trata de região de pele muito fina, a própria cicatriz tende a ficar imperceptível, mesmo em algumas técnicas que utilizam pequenas incisões na face anterior.

Certas pacientes podem apresentar tendência à cicatrização inestética (cicatriz hipertrófica e quelóide). Este fato deverá ser discutido, durante a consulta inicial, bem como suas características familiares. Pessoas de pele clara tendem a desenvolver menos frequentemente este tipo de cicatriz.

Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas, na época adequada. A cicatriz hipertrófica ou quelóide, não devem ser confundidas, entretanto, com a evolução natural do período mediato da cicatrização. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução cicatricial deverá ser esclarecida durante seus retornos pós-operatórios, quando teremos a oportunidade de fazer a avaliação da fase em que se encontra.

 

As cicatrizes são consequência da cirurgia, portanto, pondere bastante quanto à conveniência de conviver com elas após a cirurgia: elas nada mais são do que indícios deixados no lugar de outro defeito anteriormente existente na região operada. Se houver uma evolução desfavorável da cicatriz, desde que a intervenção tenha sido realizada sob padrões técnicos, cientificamente aceitos, deverá ser investigado se o seu organismo é que não reagiu como se esperava.

Outro fator importante às cicatrizes e a sua evolução. Três períodos caracterizam o processo de maturação de uma cicatriz (período esses que poderão variar de tempo, dependendo de fatores individuais como: a região operada, espessura da pele, substâncias tóxicas, hormônios etc.).O período imediato vai até o 30º dia após a cirurgia; o período mediato vai do 30º dia até o 8º ou 12º mês; período tardio, após o 12º mês. Apesar da maioria já apresentar cicatrizes maduras nos 12 primeiros meses, alguns(as) pacientes apresentam modificações do aspecto cicatricial até mesmo após o 18º mês.

 

EXISTE CORREÇÃO PARA CICATRIZES HIPERTRÓFICAS?

Vários recursos clínicos e cirúrgicos nos permitem melhorar tais cicatrizes inestéticas, na época adequada. Não se deve confundir, entretanto, o “período mediato” da cicatrização normal (do 30º dia até o 12º mês) como sendo uma complicação cicatricial. Qualquer dúvida a respeito da sua evolução deverá ser esclarecida com seu médico.

 

QUAL O TIPO DE ANESTESIA?

Crianças: geralmente com anestesia geral. Adulto: geralmente anestesia local com ou sem sedação.

 

QUANTO TEMPO DEMORA O ATO CIRÚRGICO?

Geralmente em torno de 90 a 120 minutos. Entretanto, o tempo de ato cirúrgico não deve ser confundido com o tempo de permanência do paciente no ambiente de Centro Cirúrgico, pois, esta permanência envolve também o período de preparação anestésica e recuperação pós-operatória. Seu médico poderá lhe informar quanto ao tempo total.

 

HÁ DOR NO PÓS-OPERATÓRIO?

Certo incômodo poderá ocorrer no pós-operatório. Quando houver esta intercorrência, ela é combatida com analgésicos comuns.

 

COMO É O CURATIVO?

Protege-se a orelha (principalmente em crianças), nos primeiros dias, com uma espécie de touca, a fim de evitar traumatismos locais. Em alguns casos, recomenda-se o uso das faixas tipo “ballet” ou “tênis” durante as 2ª semanas, ou mesmo curativo do tipo envoltório com faixa de crepe.

 

QUANDO SÃO RETIRADOS OS PONTOS?

Em torno do 10º ao 14º dia.

 

EM QUANTO TEMPO SE ATINGIRÁ O RESULTADO DEFINITIVO?

Assim que se retira o curativo já teremos em torno de 80% do resultado almejado. Após 12 semanas, o resultado será definitivo.

 

NÃO HÁ RISCO DE “ VOLTAR O ABANO “ APÓS A CIRURGIA?

O resultado é geralmente definitivo, mas como tudo em medicina não se pode dar garantia de resultado.

 

AS ORELHAS FICAM SIMÉTRICAS E COMPLETAMENTE IGUAIS? 

Não. É natural e esperado que ocorra uma discreta assimetria entre elas. Em primeiro lugar, porque em todos nós já existe uma assimetria, em maior ou em menor grau. Depois, porque as deformidades em abano não são exatamente iguais em seus ângulos e parâmetros – tamanho do pavilhão e lóbulo.

 

QUE SITUAÇÕES PODEM INTERFERIR NO RESULTADO DA CIRURGIA?

Trauma local durante os primeiros seis meses de cirurgia, não usar faixa ou malha de contenção das orelhas pelo período recomendado, limpeza incorreta da cicatriz cirúrgica, deitar sobre a área operada na primeira semana, entre outras.

 

*Fonte: Associação Brasileira de Cirurgia Plástica da Face / Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial