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CIRURGIA FUNCIONAL DO NARIZ

SEPTOPLASTIA - RINOSSEPTOPLASTIA - TURBINECTOMIA - SINUSECTOMIA 

Veja as principais informações sobre este tema!

A cirurgia funcional do nariz inclui diversas técnicas e correções que visam a melhoria da respiração do paciente e tratamento de outras doenças como sinusite, remoção de tumorações, pólipos, alterações congênitas ou adquiridas, entre outros. 

 

SEPTOPLASTIA:

A septoplastia é a cirurgia para correção do desvio septal. Classicamente realizada por incisão interna e sem cicatriz aparente. Importante ressaltar que nem todos os pacientes com desvio septal necessitam de cirurgia, mas os que apresentam prejuízo na função respiratória e quando outras opções clínicas não foram eficazes.

RINOSSEPTOPLASTIA (RINOPLASTIA FUNCIONAL):

A rinosseptoplastia (rinoplastia funcional) também é a cirurgia que visa correção de desvio septal, porém apresenta indicações específicas em que há necessidade de tratar também a parte externa do nariz ou quando a técnica convencional (septoplastia) necessita ser complementada (ex. desvio anterior do septo nasal, septo anterior desinserido da espinha nasal, etc). Neste caso, pode ser realizado através de técnica fechada ou aberta (esta última com cicatriz externa) e os cuidados pós operatórios são mais detalhados, descritos no tema de rinoplastia.

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TURBINECTOMIA / TURBINOPLASTIA:

A turbinectomia (ou turbinoplastia) é a cirurgia que trata a hipertrofia (aumento) dos cornetos ou conchas nasais (as famosas carnes esponjosas) a fim de reduzi-las de modo que melhore a respiração do paciente e, consequentemente, sua qualidade de vida.

 

SINUSECTOMIA:

A sinusectomia é a cirurgia que trata a sinusite crônica, as diversas alterações anatômicas e obstruções dos seios da face. 

 

 

AVALIAÇÃO MÉDICA:

A consulta medica é importante para conhecer o paciente, verificar as possibilidades de tratamento disponíveis e, após anamnese, exame físico e exames de imagem, poder indicar corretamente a cirurgia.

O paciente deve estar em seu melhor estado de saúde, já que trata-se de uma cirurgia eletiva. 

Serão solicitados alguns exames pré-operatórios e, por vezes, a avaliação de especialistas de acordo com a necessidade (ex. cardiologista, pneumologista etc).

 

Também é importante ressaltar que o paciente deve suspender por completo o tabagismo (cigarro, substancias ilícitas, vape, cigarro eletrônico, etc) por, no mínimo, 60 dias. Não pode fazer uso de substâncias ilícitas de nenhuma origem. Esta conversa deve ser franca e honesta com o seu médico.

Para a indicação cirúrgica serão necessários, no mínimo, 2 consultas médicas.

A CIRURGIA:

Atualmente a cirurgia é realizada sob anestesia geral para maior conforto e segurança do paciente. Utiliza-se o video-naso endoscópio, onde pode-se visualizar toda a anatomia intranasal por uma câmera muito fina e delicada, transmitida em um sistema de vídeo de alta definição. Isso permite maior precisão e detalhamento cirúrgico, além do refinamento mais elevado. 

Podem ser realizados no mesmo tempo cirúrgico, desde que haja indicação adequada e após consenso entre médico otorrino e paciente. 

O curativo interno é chamado Splint Nasal, e consiste de duas placas de silicone fixadas no septo nasal, para evitar hematomas ou edema.

 

Caso esteja associado à rinosseptoplastia (rinoplastia funcional) e/ou à rinoplastia estética, oriento que visualize o tema Rinoplastia para informações detalhadas.


 

DIA DA CIRURGIA:

O paciente realiza a internação hospitalar algumas horas antes da cirurgia. 

Dura em média 2-3 horas (exceto se houver rinosseptoplastia) e neste período o acompanhante ficará atualizado da situação cirúrgica e previsão e será informado assim que terminar a cirurgia. Após o procedimento, o paciente é encaminhado ao setor de "recuperação pós anestésica" em que fica sob os cuidados de uma equipe de anestesistas e enfermagem. Direcionado ao quarto, o paciente repousa o quanto for necessário, além de ser orientado a comer e se hidratar. 

Alta hospitalar em geral após 6-12 horas.

 

CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS: 

  • PRIMEIROS 07 DIAS:

Na primeira semana é importante REPOUSAR. Sem organizar a casa, pegar peso ou cozinhar.

Tome as medicações conforme a receita médica até o final.

Lave muito bem o nariz (ao menos 6x por dia, volumoso - em média 80 ml por narina). Não assoe nem faça pressão pelo nariz.

Mantenha o ambiente ventilado e fresco, sem exposição ao Sol ou calor.

Banhos breves e sem vapor.

Alimentos não muito quentes e que estejam sem vapor.

Hidrate bastante! Muita água.

 

O nariz ficará totalmente entupido nos primeiros dias. Lave bastante com soro fisiológico.

Haverá aumento de secreção nasal com conteúdo avermelhado (em babação).

Pode haver sensibilidade nasal e nas regiões próximas. Raramente o paciente queixa-se de sensação dolorosa.

 

  • PRIMEIROS 30 DIAS: 

Manter uso de protetor solar facial (e aplicação durante o dia)

Manter lavagem nasal abundante (no mínimo 6x ao dia)

Suspenso atividades físicas 

Suspenso exposição ao calor (Sol, vapor, fumaça e ambientes quentes)

 

Consultas:

Em geral no 7º dia, 15º dia, 30º dia e 60º dia.

 

É importante lembrar que cada cirurgião possui uma forma de trabalhar e tem orientações próprias.

 

Sempre siga as recomendações do otorrino que o operou!


 

PRINCIPAIS DÚVIDAS:

QUAIS OS POSSÍVEIS EVENTOS ADVERSOS?

Como principais complicações destacamos, entre outros, as hemorragias nasais, infecções, persistência de algum grau de desvio do septo, perfuração septal (ver perfuração septal). Os riscos anestésicos devem ser avaliados de acordo com a situação clínica de cada doente em particular. Com o uso de antibióticos o risco de infecção é baixo.

 

O DESVIO DO SEPTO PODE VOLTAR APÓS A CIRURGIA?

Por vezes, existe a dúvida se o septo pode voltar a desviar depois da cirurgia. À exceção do traumatismo nasal que pode acarretar alterações anatómicas que podem levar o septo a desviar de novo, o alinhamento após a cirurgia é definitivo (desde que não haja nenhuma intercorrência no pós-operatório).

 

SERÁ NECESSÁRIO USAR TAMPÃO?

Não é incomum relatos de amigos ou conhecidos que dizem ter sofrido no pós-operatório da cirurgia nasal Esse fato está na maioria dos casos relacionado com o uso de tampões não absorvíveis. No entanto, a necessidade de tamponamento nasal é de exceção, em casos em que no intraoperatório haja sangramento aumentado ou alterações de coagulação; ou que no pós operatório haja algum fator desencadeante (ressecamento nasal, falta de lavagem, esforço físico, exposição ao calor, etc). 

O tampão é mantido por no mínimo 48 horas.

 

A "CARNE ESPONJOSA" PODE VOLTAR APÓS A CIRURGIA?

Já no caso dos cornetos nasais pode ocorrer sim novo aumento de seu volume após a cirurgia. 

Esse aumento pode ocorrer anos após a cirurgia, em geral quando mantidos os fatores de inflamação da mucosa nasal (como rinite, exposição a poeiras e substâncias inflamatórias, poluição, utilização de vasoconstritores) e quando não há cuidados adequado do nariz (lavagem nasal, prevenção e seguimento médico).

 

A LAVAGEM NASAL É REALMENTE NECESSÁRIA?

Sim. Trata-se de um dos pilares do pós-operatório e é importante realizar conforme orientado. A lavagem nasal remove delicadamente crostas e sujeiras que ficam presas na cavidade nasal, além de manter a mucosa úmida, evitar que ocorram sinéquias (aderências), infecções e sangramentos, além de melhorar a respiração do paciente.

Além disso, na primeira semana se o nariz não for lavado abundantemente, o splint nasal fica aderido e com crostas, dificultando sua remoção na consulta médica e gerando desconforto ao paciente. 

 

A REMOÇÃO DO SPLINT NASAL DÓI?

Não, desde que realize direitinho todos os cuidados pós-operatórios conforme orientado. A remoção da placa é um procedimento de 5 minutos, quando o nariz foi bem cuidado.

Se não houver lavagem nasal abundante ocorre a formação de crostas e a placa fica aderida ao septo, causando sangramento e maior desconforto ao paciente.

 

*Fonte: Associação Brasileira de Cirurgia Plástica da Face / Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial

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